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Encurralado entre os séculos XX e o XXI, Josep Marília integra a diáspora brasileira movida no século anterior por razões políticas e, no novo, outra vez por razões políticas. No exterior, ele busca, como diz, fazer justiça a uma mulher que amou e que, mais que ele, vê-se presa entre um tempo que não acaba de passar e outro que não termina de chegar. Josep Marília, enquanto isso, move-se em cenários estrangeiros que o libertam tanto quanto lhe escapam. Não é só uma história nacional e outra pessoal que o perseguem: agora a história do mundo também o acossa. O relato envolve um triângulo amoroso testemunhado por um quarto personagem, o narrador, aos poucos envolvido na trama. Como música de fundo, escreve Celso Favaretto sobre este livro, ouve-se o “riso sarcástico da história”.
Colosso compõe, com os anteriores Niemeyer, um romance, História natural da ditadura e O homem que vive, um quarteto colocado sob o signo do Anjo da História.
Teixeira Coelho vive em São Paulo onde é professor da Escola de Comunicações e Artes da USP, foi diretor do MAC USP e curador do Museu de Arte de São Paulo (Masp). Publicou, entre outros, A cultura e seu contrário, Dicionário crítico de política cultural, Moderno pós moderno e as ficções Fliperama sem creme, Niemeyer: um romance, As fúrias da mente, História natural da ditadura e O homem que vive.