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O supremo conceito de poeta lírico me foi dado por Heinrich Heine. Em vão busco nos reinos milenares uma música igualmente doce e apaixonada. Ele possuía aquela divina malignidade sem a qual não consigo pensar o que é perfeito — estimo o valor dos homens, das raças pelo quão necessariamente saibam entender o Deus não separado do sátiro. — E como manejou o alemão! Um dia dirão que Heine e eu fomos de longe os primeiros artistas da língua alemã — a uma distância incalculável de tudo aquilo que com ela foi feito apenas por alemães.
FRIEDRICH NIETZSCHE
Encontrando-se em seu exílio em Paris, o poeta e escritor Heinrich Heine (1797-1856) decide escrever, a pedido de amigos, uma história da religião e filosofia na Alemanha. O objetivo era apresentar ao público francês uma visão menos feérica do pensamento alemão do que a que lhe fora mostrada pelo livro De L'Allemagne, de Mme. de Stael. Publicado pela primeira vez em francês, em 1834, o estudo de Heine não se limita a expor escolarmente as ideias e os autores, mas traz uma elaboração e uma interpretação original do movimento religioso, da criação literária e da produção filosófica na Alemanha, desde a ldade Média até o ldealismo Alemão.
Com muito humor, são reconstruídos alguns momentos fundamentais da história religiosa e filosófica europeia, como o advento de Lutero e do protestantismo, a filosofia cartesiana, o panteísmo espinosano, a crítica kantiana, a doutrina-da-ciência de Fichte e a filosofia da natureza de Schelling. Segundo Heine, esse movimento teológico-filosófico culminaria com uma “revolução alemã" que guarda "semelhanças significativas" com a Revolução Francesa.
O posfácio deste volume é de Wolfgang Wieland, professor da Universidade de Heidelberg, membro da Academia de Ciências daquela cidade e autor, entre outras obras, de Schellings Lehre von der Zeit (A doutrina schellingiana do tempo, 1956), Die aristotelische Physik (A física de Aristóteles, 2 ed., 1970), Platon und die Form des Wissens (Platão e a forma do saber, 1982) e Aporien der praktischen Vernunft.