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Lia Bahia explica claramente as propostas do governo e do setor quanto aos rumos das políticas públicas. Segundo ela, a criação do Grupo de Estudos da Indústria Cinematográfica (Geic), em 1956, e do Grupo Executivo da Indústria Cinematográfica (Geicine), em 1961, revela dois pensamentos que até hoje permeiam os discursos do Estado e dos agentes do setor: o cinema como atividade privada, que precisa do Estado para regular o mercado, e o cinema claramente comprometido com a reflexão sobre o país e com questões culturais, que necessita do Estado para sua sobrevivência dentro do mercado.
Essa mesma pauta política, também por várias vezes discutida durante os anos 1970 na Embrafilme, apostava no desenvolvimento nacional com base na intervenção do Estado. Uma pauta que também clamava pela proteção do mercado para que a identidade nacional fosse preservada como bem cultural de desenvolvimento. Nacionalismo e desenvolvimentismo.