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lucidez e sonhos
aridez aquática
— quem não é susto
paradoxo?
em voz baixa reafirma o caminho traçado por Maria Lúcia Verdi em seus livros anteriores, tornando mais nítida a linha sinuosa entre movimento e contemplação, criação e desejo de crítica, escrita e apelo de silêncio, que se impõe com clareza no impulso imperativo da reescrita. Porque para Maria Lúcia, ler é reler — e acompanhamos as viagens constantes por seus próprios textos, pontuadas por trechos de seus autores preferidos. Uma das consequências dessa insistência é que, para ela, escrever é também reescrever, no limite uma atividade suicida de apagamento da obra que aspira à perfeição:
“poesia como diário / não escrito”
Vilma Arêas
Maria Lúcia Verdi lança sétimo livro de poesias da carreira ♥Na obra, ela parte de situações triviais do cotidiano para fazer meditações existenciais e construir epifanias***Poemas de Luci Collin e Maria Lúcia Verdi dão voz à mulherDirce Waltrick do Amarante, O Estado de S.Paulo“Somos animais autobiográficos quer queiramos ou não”, disse Derrida. “Por diferentes meios, nós escrevemos, dizemos de nós”, afirma Maria Lúcia Verdi em seu mais recente livro de poesia, Em Voz Baixa, espécie de diário pessoal. A constatação de Verdi serviria também para definir A Rosa que Está, livro de Luci Collin, no qual a autora relata em versos seu universo artístico e literário, como se lê no poema que abre o livro: “É preciso voltar/ às rosas mais antigas/ e suas exuberâncias/ e seus frêmitos de infinito/ às palavras surgentes/ às vozes prometidas/ nos ecos do que amanhece”. Nesses dois livros recém-publicados pela editora Iluminuras, ouvem-se ecos da trajetória das poetas, que perpassam sobretudo suas referências bibliográficas, as quais reverberam em nós de forma renovada, pois, como diz Giorgio Agamben, a leitura é sempre biográfica.
Maria Lúcia Verdi lança sétimo livro de poesias da carreira ♥
Na obra, ela parte de situações triviais do cotidiano para fazer meditações existenciais e construir epifanias
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Poemas de Luci Collin e Maria Lúcia Verdi dão voz à mulher
Dirce Waltrick do Amarante, O Estado de S.Paulo
“Somos animais autobiográficos quer queiramos ou não”, disse Derrida. “Por diferentes meios, nós escrevemos, dizemos de nós”, afirma Maria Lúcia Verdi em seu mais recente livro de poesia, Em Voz Baixa, espécie de diário pessoal. A constatação de Verdi serviria também para definir A Rosa que Está, livro de Luci Collin, no qual a autora relata em versos seu universo artístico e literário, como se lê no poema que abre o livro: “É preciso voltar/ às rosas mais antigas/ e suas exuberâncias/ e seus frêmitos de infinito/ às palavras surgentes/ às vozes prometidas/ nos ecos do que amanhece”. Nesses dois livros recém-publicados pela editora Iluminuras, ouvem-se ecos da trajetória das poetas, que perpassam sobretudo suas referências bibliográficas, as quais reverberam em nós de forma renovada, pois, como diz Giorgio Agamben, a leitura é sempre biográfica.