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Baratas, rinocerontes e até formigas carnívoras serão encontradas neste livro. Participam, com a menção e promessa de outros animais a vir, de uma cena social e subjetiva onde as falas e os atos humanos são, ao mesmo tempo, animalescos. A partir desse novo contexto vivido, participamos, querendo ou não, dos efeitos que a incorporação animal produz. Acreditar numa eliminação definitiva das baratas, depois de terem retornado em massa, é semelhante a apostar que a presença das manadas de rinocerontes, podem ser convencidas a mudar de direção depois de avançar.
Não é à base de um pó mágico que essa metamorfose se realizou. Não iniciou agora, foi devidamente adubada e regada pelo discurso da estupidez até o dia de seu retorno. Por isso mesmo, não desaparecerá por mágica da imaginação. Os animais humanos vieram para ficar. A partir de então se coloca o trabalho de inventar alternativas para a redução das bestialidades, tanto quanto para o cultivo de longa duração, de retomada e comemoração do humano, com seus impasses e fracassos.
Mauro Mendes Dias é psicanalista, diretor do Instituto Vox de pesquisa em Psicanálise, São Paulo.
Orienta atividades do Instituto sobre os textos dos Escritos, de Jacques Lacan; e sobre perversão: da clínica à política.
Realiza apresentação de pacientes no Hospital São João de Deus, em parceria, com o objetivo de avaliação das condutas terapêuticas e encaminhamentos de alta hospitalar.
Contribui, no Instituto Vox, com a atividade voltada para os tratamentos dos sujeitos psicóticos.
Autor, por essa editora, de: Por causa do pior, em parceria com Dominique Fingermann, Os ódios, clínica e política do psicanalista e O discurso da estupidez.
Atualmente se dedica a escrita de outros livros, como agora, sobre os efeitos da incorporação animal na vida particular, tanto quanto na coletividade.