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“Ninguém viveu mais intensamente que Conrad, nem ninguém soube realizar uma transformação tão consciente e paciente de sua vida em arte."
Andre Gide
“A piedade me impulsou a traduzir em palavras, escolhidas com muito cuidado, memórias de coisas longínquas e de gente que de fato existiu."
Joseph Conrad
Joseph Conrad, o homem que viveu três vidas, a de polonês, a de marinheiro e a de escritor, é, junto com Henry James, o grande renovador do romance inglês do inicio do século XX.
Os romances de Conrad, desde sua obra-prima A loucura de Almayer até The rover (O errante), publicada no ano de sua morte, são abundantes em incidentes e intrigas complexas que usam frequentemente os recursos do melodrama. Seus personagens, sempre se debatendo entre aparência e realidade, condenados à solidão, corroídos por seus “instintos destrutivos" e inevitávelmente fadados ao fracasso, representam o homem contemporâneo dominado por uma crise que atropela todos os aspectos da vida moderna. Talvez a isso se devam sua aceitação e sua vigência.
Muito tem se especulado sobre o caráter existencial de seus personagens, mas muito pouco se sabe sobre Conrad, ao menos por sua boca.
O livro que o leitor tem em mãos revela sobretudo seu autor. Em O espelho do mar, através de suas reminiscências da vida marinheira, de suas experiências como marinheiro, imediato e, finalmente, como capitão de navio da marinha mercante inglesa. Em Um registro pessoal, o relato sobre seus antecedentes familiares e nacionais e os motivos que o levaram a sair de sua terra natal, a abraçar uma careira no mar, e seus primeiros passos como escritor.
Esses textos de caráter autobiográfico colocam Conrad em toda sua dimensão como ser humano e como escritor, num recatado strip-tease, já que na sua obra de ficção poucas vezes podemos sentir algum resquício de seu sentir íntimo, tomando-se assim os únicos relatos reveladores de seu “verdadeiro” pensar.