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FLASHES

SIDNEY ROCHA

  • R$ 89,00

     Quanto de imaginação e desejo compõe a me­mória de uma pessoa? A vida real de Castilho Hernandez oferece muitas respostas a esta pergunta. Como uma composição em caleidoscópio e profundamente suges­tivo, este romance do escritor Sidney Rocha põe a nu a alma do seu cantor. E de todas as figuras que gravitam em torno dos fantasmas viventes da ilha que ele in­venta, habita e é-e-não-é, hamletiano em essência e existência, em sua complexa urdidura. Tão expressionista quanto impressionista. E com tal intensi­dade que pode servir de espelho ao leitor cada um dos flashes dos prazeres e desditas, das verdades e ilusões desta his­tória plena de poesia, em alguém que luta para pro­teger seu “co­ração invertido”. Impossível não sentir simpatia e empatia pelos personagens que, de tão autên­ticos, parecem nossos vizinhos, amigos próximos, gente conhecida, que mora conosco, ou cada um de nós. Romance sobre a solidão, a sinceridade e, principal­mente, a liber­dade de ser e agir. Nas suas ambigui­dades e multiplici­dades, o músico tem algo de Apolo-Dioniso e de Tirésias-Afrodite, ao partilhar suas epifanias, seus lampejos. Num misto de diário íntimo e autobio­grafia pós­tuma. Os românticos vão se identificar com o protagonista. Os realistas ecoarão as pa­lavras do antagonista. De um jeito ou de outro, ninguém ficará indiferente às suas peripécias e verbalizações, tocadas muitas vezes de ironia, de cinismo, al­guma doçura e uma pitada de gin e de angostura bitters

       Quem é sentimentalista encontrará seu momento nesta his­tória; um teimoso ra­cional e pragmático, também. 

     Em Flashes predomina quê de opera buffa sobre outros tons – sonoros e visuais. Palco de sonhos, ruelas de passeios, becos onde sempre existem saídas, este romance esmerila as asas livres prosa para alcançar o voo bem calculado da poesia. “Temos, todos que vivemos,/ Uma vida que é vivida/ E outra vida que é pensada,/ E a única vida que temos/ É essa que é divi­dida/ Entre a verdadeira e a errada.” Estes versos de Fer­nando Pessoa resumem um pouco da existência de Hernandez e seus castelos de areia e de cartas. À diferença, no entanto, do li­rismo do poeta português, com seus jogos mentais, deliberadamente autotorturados e a que não falta certo barroquismo e manei­rismo, não há vida “errada” na solitária trajetória de quem cantando não espantou mal nenhum. Muito pelo contrário: como se a sua música fosse uma caixa de Pandora de si mesmo, Castilho distribui todos os males e bens em incontáveis compassos e acordes aos seus fãs – reais ou supostos. Ficção do mais alto nível há neste Flashes, nos flashes sanguíneos do co­ração e do pulso das cenas. É Sidney Rocha um dos me­lhores romancistas e contistas brasi­leiros da atualidade. Virtuoso da construção de atmosferas e diálogos, ele tem desenvolvido, há mais de uma década, um conjunto de narrativas que resulta de toda uma cosmovisão plasmada num lugar chamado de Cromane. A cidade-persona povoada de espectros, ou seja, de flashes que espocam, da me­mória-fotografia. Tudo reu­nido no seu livro-do-desassossego mais pessoal e provocativo que o seu leitor – como irmão – vai comprovar, com deleite e inquietação, em cada uma das páginas deste grande romance.



Sidney Rocha escreveu Matriuska (contos, 2009), O destino das metá­foras (contos, 2011, Prêmio Jabuti), Sofia (romance, Prêmio Osman Lins, 2014), Fernanflor (romance, 2015) Guerra de ninguém (contos, 2016), e A estética da indiferença (romance, 2018), todos publicados pela Iluminuras.

 

 

Autor(a) Sidney Rocha
Nº de páginas 224
ISBN 978-6-555-19060-1
Formato 15,5x22,5cm
Peso 305 g

Autores

SIDNEY ROCHA

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Em diversas narrativas, autores tratam desde relações de gênero até intolerância religiosa

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[SEGUNDA: ARTE1 RESOLVE COMEÇAR 2020 ASSIM]

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O contista e romancista Sidney Rocha conversa com Manuel da Costa Pinto sobre o protagonismo da linguagem. Neste episódio, Rocha fala sobre “A Estética da Indiferença”, segundo livro da trilogia “Geronimo” - iniciada em 2015 com “Fernanflor”. Além de comentar sobre a escolha dos títulos de seus livros, o escritor aponta as influências presentes em “O Destino das Metáforas”, livro ganhador do prêmio Jabuti de 2012.


Contra o estilo | Jornal Rascunho por José Castello


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SIDNEY ROCHA IMAGINA CIDADE FICTÍCIA E HEDONISTA EM NOVO ROMANCE 

Fonte: Estadão
por Ney Anderson
jornalista e editor do site de literatura Angústia Criadora


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https://arte1play.com.br/colecoes/degustacao-2742/arte1-comtexto%3A-sidney-rocha-35033

Em conversa com o crítico literário Manuel da Costa Pinto, o contista e romancista Sidney Rocha fala sobre “A Estética da Indiferença”, segundo livro da trilogia “Geronimo” - iniciada em 2015 com “Fernanflor”. Além de comentar sobre a escolha dos títulos de seus livros, o escritor aponta as influências presentes em “O Destino das Metáforas”, livro ganhador do prêmio Jabuti de 2012, e fala sobre como a linguagem é a protagonista de sua produção literária.
direção: Iano Coimbra
categoria: LITERATURA  


SIDNEY ROCHA E SUA TRILOGIA CROMANE

Neste episódio do Berrante, conversamos com o escritor Sidney Rocha. Aqui, ele fala da sua Trilogia Cromane, composta pelos romances Fernanflor, A estética da indiferença e Flashes. O autor ainda fala sobre a relação entre o real e a imaginação, como trabalha o espaço em sua obra, fala do início da sua carreira como escritor, a luta pela memória, a necessidade do esquecimento, fala da sua experiência na poesia e dos seus estudos e investigações para se chegar ao resultado da Trilogia Cromane.

       
















https://open.spotify.com/episode/44f2oUu0OQA2bxXywwTf1D

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