Thomas Wolfe é, junto com F. Scott Fitzgerald e William Faulkner, um dos maiores escritores da moderna literatura norte-americana. Tão importante que um conhecido jornalista assina seus livros como pseudônimo Tom Wolf, rendendo-lhe uma mais que justa homenagem.

A Iluminuras escolheu este conjunto de contos que trazem a marca eloquente de Wolfe para que o leitor possa entrar em contato com uma das mais férteis produções literárias deste século.

 Thomas Wolfe tinha 37 anos quando morreu, em 15 de setembro de 1938. Nove anos antes publicara seu primeiro livro, tendo sido aclamado como um dos escritores mais promissores de sua geração.  J.B. Priestley disse que, em sua opinião. Wolfe provavelmente sabia que seu tempo era escasso, e que por isso vivia e trabalhava tão intensamente. Seja como for, não dispunha de mais de nove anos para realizar sua promessa, e durante esse tempo escreveu uma obra que teria ocupado toda a vida da maioria dos autores.

Em vida publicou dois romances: Look homeward, angel (1929) e Of time and the river (1935); um livro de escritos curtos, From death to morning (1935); e um pequeno volume muito revelador sobre seu método como escritor, The story of a novel (1936).

Ao morrer, deixou uma grande quantidade de manuscritos inéditos. Foram publicados, desses manuscritos, três livros póstumos e, até certo ponto, estes seguem o mesmo padrão de sua obra anterior.

O menino perdido foi escrito em 1937 e publicado em revista no mesmo ano. É um texto retrabalhado por Wolfe, que acreditava não o ter tratado adequadamente. Assim sempre pensando na história, obteve como resultado, depois de multos anos, um relato belo e comovente, que dá nome a este volume. Wolfe, segundo Priestley, “acreditava com toda sua alma que o máximo que se podia esperar de um escritor, aliás de qualquer artista, era que observasse a vida de perto e que a visse como realmente é — não apenas a superfície, mas também a realidade interior — para depois pintá-la com todas suas luzes e sombras, exatamente como a vê, fazendo-o com tanta fidelidade, em cores tão perfeitas, que mesmo aqueles que vão do berço ao túmulo meio cegos (ou seja, a maioria de nós) não consigam deixar de vê-la".