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Ao propor um retrato verbo-visual do Antropoceno, este livro de poesia de Sérgio Medeiros mostra inumanos (animais, plantas, pedras etc.) avançando pelas antigas e desoladas obras humanas (lavouras, estradas, ruas etc.), mas algo ainda aspira a ser expresso na linguagem das letras e dos glifos, registrada em petróglifos arcaicos e outdoors contemporâneos. Urubus lançam sua sombra e seu olhar sobre os textos humanos, que se misturam agora inextricavelmente a textos inumanos, pois, no fim, só existe um livro, o Livro Único, como ensinou V. Khlébnikov, no qual todos, velhos inumanos e novos humanos, escrevem e leem.