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Para fazer um livro de alfabetos e aniversários pode parecer igual a outros livros, mas se trata de um livro bem diferente. Porque é mais do que apenas um livro. É um brinquedo ao mesmo tempo. E é também bem diferente de todos os outros livros que a autora escreveu. Porque os outros foram escritos para adultos. E este ela escreveu para as crianças. Porque ela achava que as crianças também mereciam que ela escrevesse um livro que elas pudessem gostar de brincar de ler. Porque ler pode ser tão divertido como brincar. E porque ler pode deixar também as crianças cada vez mais espertas.
Os textos são contos. Sim. Mas também são brinquedos diferentes dos outros brinquedos. Porque são contos sem antes e sem depois, sem passado nem futuro, feitos só com aquilo que ela chamava de “presente contínuo”. Diferentes dos contos escritos com começo, meio e fim. Claro. Para que os adultos também pudessem lê-los brincando… ou como bem entendessem.
Ela precisava colocar um título no livro. Ninguém iria querer publicar um livro sem título. Um título que pelo menos não fosse chato. Então ela intitulou o livro Para fazer um livro de alfabetos e aniversários. Porque era um tipo de brinquedo que você podia apreciar lendo sozinho, em voz alta, deitado na grama, com os amigos, ou de qualquer outro jeito. Então ela achou legal ter feito este livro, porque era um livro escrito para crianças de maneira bem diferente de como eram escritos os livros para as crianças.
Um dia este livro foi publicado e muitas crianças leram este livro e descobriram coisas que elas nunca tinham visto. Depois este livro foi traduzido e agora muitas crianças brasileiras também poderão lê-lo.
Quem não subestima as crianças, quem busca livros diferentes em meio às montanhas de livros chatos para as crianças etc. e tal, vai ficar com um sorriso à flor dos lábios ao descobrir este livro da impagável Gertrude Stein, uma senhora meio genial e meio doidona que gostava de escrever sempre de maneira diferente: tal como uma criança selvagem que nunca se conformasse com a mesmice.
Douglas Diegues
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