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"Para que serve toda a criação poética?" Eu te direi, Leitor, mas diga-me primeiro para que serve a realidade.
GOETHE E SCHILLE
Na história da literatura e, principalmente, na história do teatro, Friedrich Schiller costuma figurar, ao lado de Goethe, entre os autores do classicismo alemão. Paradoxalmente, no entanto, seu ensaio Poesia ingênua e sentimental se apresenta, segundo o historiador Hans Robert Jauss, "como um primeiro ato daquela 'revolução estética’ consumada logo depois pela primeira geração dos românticos Friedrich Schlegel e Novalis". Para Jauss, a proximidade de Schiller (que se caracterizava a si próprio como um poeta sentimental) com o romantismo só poderá surpreender àquele que não considera o quanto os românticos se dedicaram ao estudo da Grécia e de Roma.
O presente volume tenta situar o pensamento schilleriano no conjunto das reflexões estéticas do século XVIII, tratando de temas como o da criação poética, do ingênuo e sentimental, e da determinação recíproca entre os gêneros da poesia e da arte. A tradução do ensaio Poesia ingênua e sentimental é acompanhada de notas e comentários que visam elucidar as passagens do texto, ressaltando-lhes, para além dos pontos de contato com outros pensadores, a especificidade e a originalidade.