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Envolvido com a catalogação e pesquisa da coleção de arte reunida por Ema Gordon Klabin (1907-1994) desde 1997, Paulo de Freitas Costa preocupou-se, desde o início, com questões fundamentais para a compreensão do fenômeno do colecionismo de arte, raramente estudado em profundidade no meio acadêmico brasileiro. A vasta documentação sobre a coleção permitiu ao autor refazer todo o percurso de sua aquisição, realizada entre as décadas de 1940 e 1990. Uma análise detalhada dos eventos políticos, sociais e culturais do período ampliou a compreensão da coleção, revelando as diversas camadas de significados atribuídos aos objetos que a constituem. É esta sensível e minuciosa análise que se apresenta aqui, contribuindo para traçar um amplo panorama da evolução de nossos museus e instituições culturais, do mercado de arte e de significativa porção de nossa história social e das mentalidades. Esta única coleção, em sua riqueza e abrangência, é capaz de revelar muito além dos elementos presentes nos momentos presentes no momento da criação de cada um dos objetos. A personalidade e a história do colecionador e de seu grupo social se revelam aos poucos, em uma espécie de autorretrato que se modifica e se transforma ao longo do tempo. Diversos temas, individuais e coletivos, abrangendo história, identidade, patrimônio cultural, relações sociais e econômicos são abordados a todo o momento pela coleção, nos elementos que a constituem e na forma de sua apresentação, formando uma ampla sinfonia de objetos, como o autor nos propõe.