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Arnaldo Antunes, sempre surpreendendo o leitor com suas construções de imagens e a sutileza com que aborda os temas recorrentes em sua obra, em Tudos não é diferente, o autor rompe com as linhas temporais e passado e futuro se encontram em um mesmo momento, produzindo uma narrativa surpreendente e inovadora.
"Tudo é muito pouco. Daí Tudos, o segundo livro de poemas de Arnaldo Antunes, 29, cantor e compositor. São poemas em versos livres, metrificados, gráficos, caligramas — enfim, o que ele chama de Tudos. O livro é uma espécie de artesanato high-tech de Arnaldo: foi totalmente feito num microcomputador, com letras distorcidas, desenhadas a mão, voando pela página etc”.
Mario Cesar Carvalho, Folha de S.Paulo, 15/06/1990
"Uma mosca cabe na poesia, a democracia cabe na poesia. A questão não é o que você diz, mas como você diz. […] O que cabe na poesia é a linguagem que sabe de si."
Arnaldo Antunes, em entrevista a Mario Cesar Carvalho, Folha de S.Paulo, 15/06/1990