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Ao colocar lado a lado a floresta e a metrópole (as árvores exuberantes que dão todos os frutos e os prédios altíssimos que não abrigam todas as pessoas), esta obra verbo-visual do poeta Sérgio Medeiros se propõe a repensar o Brasil de ontem e de hoje a partir dos mitos ameríndios e do romance de Mário de Andrade, que alçou Macunaíma, o Imperador do Mato Virgem, à condição de (anti-)herói nacional.
Contudo, Macunaíma, ao mesmo tempo adulto e criança, não é apenas do Brasil: ele é da Guiana e da Venezuela também. Na condição de (anti-)herói sem pátria, Macunaíma é, portanto, um símbolo latino-americano, além de apresentar-se nesta obra como um protagonista absolutamente inclassificável: é arcaico, moderno, contemporâneo...
No prefácio, Medeiros afirma que deseja mostrar essas facetas de Macunaíma e ao mesmo tempo homenagear o espírito macunaímico da Semana de Arte Moderna de 1922, da qual Mário de Andrade foi um dos organizadores.