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Nenhum outro ponta de lança do texto brasileiro brinca com a ideia de um jogo de bola como Piva. A palavra como a brincante redonda. Seja onde for o embate. No quintal ou no maior estádio do mundo. A palavra, a frase, o ritmo desse cara é a pelota que quica sem destino definido. Ele conseguiu traduzir a bola na escrita, sua trajetória e seus barulhos, com todo o suspense e a dramaturgia a cada gol de letra.
Xico Sá
Eis o Piva aí de novo. Ele e suas crônicas quase sempre nostálgicas de um tempo que todos vivemos – e, se não, quisemos viver.
A bola de capotão, o barro, as subidas e as descidas do campo e da vida. O gol sem rede, às vezes com, o goleiro herói, o centroavante vilão, a mulher amada, o futebol e a vida.
A vida pela bola vale pela vida e pela bola.
Juca Kfouri
Eis o Piva ai de novo.
Ele e suas crônicas quase sempre nostálgicas de um tempo que todos vivemos — e, se não, quisemos vIver.
A bola de capotão, o barro, as subidas e as descidas do campo e da vida. O gol sem rede, às vezes com, o goleiro herói, O centroavante vilão, a mulher amada, o futebol e a vida.
Esta orelha, me perdoe, não é propriamente para fazer ouvir, mas para dizer da minha alegria cada vez que abro minha correspondência eletrônica e encontro um texto do Piva.
É a garantia de que o meu blog subiu para cabecear e dar um presente aos seus leitores, àqueles de bom gosto, capazes de apreciar o texto sensível, a saudade permanente, o gosto da derrota a preparar a vitória final. Que sempre virá.
Piva é daqueles torcedores que cultuam o futebol refinado.
Faz sentido, não faz? E Como!
Piva é economista e lida Com números como se chupasse picolés. Ai não faz sentido algum, porque deveria se dedicar só a escrever, sobre o que quisesse.
Mas quem diz que querer é poder nem sempre tem razão. E uma pena tão especial, no Brasil, é obrigada a trabalhar mais com os números do que com as letras. Uma pena.
Seja como for, é indisfarçável minha alegria ao ver as crônicas do Piva para o blog serem reunidas num segundo livro, depois do excelente Eram todos camisa 10.
Que venham outros, muitos outros mais.
Que rolam nostálgicas e redondas pelas páginas que você terá o prazer de ler. Vai, Piva!
JUCA KFOURI
Luiz Guilherme Piva nasceu em Ubá (MG) em 1962. É economista e tem mestrado e doutorado em ciência política. Nessas áreas, publicou, em 2000, Ladrilhadores e semeadores: a modernização brasileira no pensamento político de Oliveira Vianna, Sérgio Buarque de Holanda, Azevedo Amaral e Nestor Duarte (1920-1940), pela Editora 34, e, em 2008, A miséria da economia e da política, pela Editora Manole. Em literatura, além de produções independentes, publicou, em 2010, Poemas para vestir, pela Editora Estação das Letras e Cores (coautoria com José Santos), e, em 2014, Eram todos camisa dez, pela Editora Iluminuras. Publica seus textos sobre futebol quase semanalmente no Blog do Juca Kfouri desde 2011.
Devaneando o futebol Blog do Juca
De repente – derrepentemente – o centroavante sentiu uma ausência. Não sabe de que, nem onde, tampouco quando. 'Só repete que foi uma ausência'. Até os amigos parecem ficar meio de saco cheio desta ausência insistente, recalcitrante. Foi gol? Chutou? Pênalti? Não sabe, ninguém sabe. O que há é uma ausência....
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“A VIDA PELA BOLA”, DE LUIZ GUILHERME PIVA Diário do Comércio
Em uma semana o Brasil celebra o Dia das Crianças. Foi também num 12 de outubro que nasceu, há 95 anos, o escritor Fernando Sabino, mineiro de Belo Horizonte. Nenhuma data poderia ajustar-se melhor a quem um dia cunhou o próprio epitáfio: “Aqui jaz Fernando Sabino. Nasceu homem, morreu menino”, verdade comprovada por sua obra literária, que contém títulos inesquecíveis como “O menino no espelho” e “A vitória da infância”, esta, uma reunião de vinte e nove textos sobre o assunto.....